quarta-feira, 27 de agosto de 2008

LYNYRD SKYNYRD - O COMEÇO DE TUDO

Lynyrd Skynyrd Uma "Outra" Versão


Uma coisa é certa o Lynyrd Skynyrd é a banda de southern rock preferido dos brasileiros, por isso merece o seu destaque aqui nesse blog, acompanhem a partir de agora a trajetória do Lynyrd, sua música suas tragédias e sua vida.

O ano era 1964, Jacksonville “Shanty Town”, FL, alguns garotos preocupados em passar o tempo depois das aulas resolvem montar uma banda, coisa normal entre os adolescentes do planeta Terra, que se sentiam entediados de alguma forma por alguma coisa, entre as bandas que surgiam em Jacksonville, berço da já consagrada The Allman Brothers Band, aparecem duas bandas que iriam se confrontar.

Bom, o que pouca gente sabe é que o Lynyrd Skynyrd apareceu depois de uma “Battle of The Bands”, coisa bem comum nos EUA, que como o próprio nome já sugere é um confronto entre bandas locais, pois bem, as bandas finalistas desse confronto de 1966 em Shanty Tow e que depois viriam mudar a música mundial e especialmente o southern Rock, foram, os “Mods” e os “Squires”.

Os “Squires” tinham um bom equipamento enquanto os “Mods” não tinham um bom equipamento. Em compensação os “Mods” tinham um bom vocalista, coisa que Squires não tinham e que fez dos Mods a campeã dessa batalha de bandas. O detalhe estava no vocalista dos “Squires”, que era o vocal ruim, seu nome, Ronnie Van Zant.

O que aconteceu depois foi aquela troca comum de integrantes por parte das bandas, Gary e Larry foram para o “Squires” a banda de equipamento bom e Ronnie passou a ser o vocalista deles, nesse episódio Allen Collins preferiu ficar com o “Mods”, porém por pouco tempo logo se juntando aos amigos de ex-banda.

Uma coisa além da música tornou-se rotina na vida banda, a escolha do nome era uma delas, onde eles mudavam o nome da banda quase que diariamente tentando achar algum que fosse legal, os caras tentariam de tudo desde “My Backyard” encurtando para “Backyards” até “One Percent”, nome que durou mais tempo nesse período, até que eles acharam, encontraram ou alguém jogou do Céu para eles, o nome perfeito.

Fabio Terra - Guitarrista - O Bando Do Velho Jack

terça-feira, 26 de agosto de 2008

LUCINDA WILLIAMS, LITTLE HONEY.


Lucinda Williams nasceu no dia 26 de janeiro de 1953, na cidade de Lake Charles - Louisiana, EUA.
É uma extraordinária cantora e compositora, não só pelo talento de letras, melodias e canções, mas porque ela não faz nenhuma separação entre o que ela sente e o que gostaria de dizer. Ela diz o que ela sente e o que ela sente não é pouco. Ela canta as dores dos amores que não dão certo. Lucinda foi nomeada pela Revista Spin como uma das 40 artistas mais importantes e ativas do mundo rock and roll. Em 2007, ela lançou West, seu oitavo álbum em uma carreira de 37 anos.
O disco aborda temas recorrentes na obra de Lucinda: dor e solidão. Ela tem uma veia roqueira muito forte, voz rouca e áspera,
e se faz acompanhar de uma banda com pegada, músicos competentes e altos solos de guitarra.
Em breve, o seu novo trabalho, "Little Honey", que sai oficialmente no dia 14 de outubro nos Estados Unidos pela gravadora Lost Highway.


Lucinda Williams: voz e guitarra
Doug Pettibone: guitarra e lap steel
David Sutton: contrabaixo
Chet Lyster: guitarra
Butch Norton: bateriaRob Burger: keyboards

Participação especial: Elvis Costello






colaboração Ari Mendes - Ari Mendes / Lost Highway Records

THE ALLMAN BROTHRES BAND 40 ANOS NA ESTRADA.


The Allman Brothers Band 40 anos nas estrada.
A banda de rock sulista The Allman Brothers Band, uma das minhas bandas favoritas e mais cultuadas do rock sessentista, completa 40 anos de carreira no próximo ano. Um show em comemoração está sendo preparado para a celebração. O vocalista e tecladista Gregg Allman contou que o show será realizado em março de 2009 no palco do famoso Beacon Theatre, em Nova York, e deve contar com uma série de convidados especiais, cujos nomes serão anunciados em breve. Ainda sobre as quatro décadas de carreira, alguns lançamentos devem marcar a data em 2009. O guitarrista Warren Haynes adiantou que já está trabalhando o próximo disco de estúdio e que as gravações estão previstas para o ano que vem.


Fonte: Mojo Magazine
colaboração Ari Mendes - Ari Mendes / Lost Highway Records

domingo, 24 de agosto de 2008

O INÍCIO DO 2ª FASE, BROTHERS & SISTERS O DISCO COM JESSICA.



Brothers and Sisters, 1973 O disco com Jessica e o início da era Betts.

O ano 1973, depois de assimilarem o duro golpe da morte de Duane Allman. O Allman Brothers Band lança aquele que em minha opinião é um dos melhores discos da banda e do Southern Rock, Brothers and Sisters, mas não antes de uma nova tragédia, Berry Oakley se acidentou três quadras de onde o Duane havia também se chocado de moto contra um caminhão, Berry se chocou em um acidente semelhante, chocou-se com sua moto em um ônibus, três quadras do acidente de Duane e veio a falecer em sua casa, por ter dispensado cuidados médicos e ter voltado pra casa andando,

No disco Brothers and Sisters na contra capa, aparece à frase, “dedicate to a brother – Berry Oakley” mais uma tragédia mais dor e muito, mas música, Brothers and Sisters mostra a mudança de liderança, até então feita por Duane, e passa a ser de Dickey Betts essa função, isso é notado nos clássicos, “Ramblin’ Man” e a instrumental “Jessica” duas poderosas músicas que marcam a sonoridade do Allman para uma veia mais country rock, e nesse disco que as rédeas musicais parecem irem para as mãos de Betts mas não sem perder a característica dos duetos de guitarra, marca registrada na banda e do Southern Rock e da sonoridade cheia de groove com as duas baterias, influência clara da Soul Music e do Funk de James Brown, adotada e recriada para o som do Allman.

A entrada do disco já diz a que vinha “Wasted Words” com um som tipicamente Allman, com uma pitada country mais acentuada, do que nos discos anteriores, mas simplesmente sensacional, com solos de slide feito por Dickey Betts com a mesma competência do amigo, e coube à betts gravar todas as guitarras fazendo um trabalho brilhante na já citada “Ramblin’ Man”,

“Come and Go Blues” com a sua acentuação teimosa, e os elementos tradicionais do Allman, mostram uma música sem palavras para descrever, com um solo de piano cheio de armadilhas, aliás, nesse disco as armadilhas da turma aparecem de cabo a rabo, mudanças de tom de andamentos, preparações para solos, climas variando na mesma música, como em “Come and Go Blues” , grande exemplo dessa textura, que o Allman Brothers coloca em suas musicas.

Alguma coisa falta então vemos um blues “Jelly Jelly” sensacional, a cadência o solos de Hammond o de Guitarra, harmonia não tão convencional, fugindo do tradicional, mas ao mesmo tempo mostrando de onde as influências vinham.

“Southbound” é o que chamo de groove característico do Allman, se Você tem uma banda e quer fazer um som em cima deles, é necessário que toquem essa música por horas a fio apenas pra pegar as artimanhas do groove, isso é pura improvisação. Não escute apenas caia no groove.

Depois de “Jessica” clássica dos clássicos, em alto astral capaz de deixar até o mais chato dos humanos alegre, com seu tempero western e twin guitars perfeitas, obra prima de Betts, temos o que se tornou uma característica dos discos do Allman, uma canção acústica, desde Little Martha, “Pony Boy” fecha com chave de ouro um disco brilhante, alegre mostrando que a música do Allman é maior do que qualquer tragédia.

sábado, 23 de agosto de 2008

O COMEÇO DE TUDO, DUANE E JACKSONVILLE, UM PÂNTANO NO MEIO DA FLÓRIDA


O COMEÇO DE TUDO, DUANE E JACKSONVILLE, UM PÂNTANO NO MEIO DA FLÓRIDA.

Nenhuma mistura musical é mais rica dentro do universo rock do que Southern Rock, nome dado por conta da conta da região de onde vinham, e também por trazerem um som na época inclassíficavel, com uma mistura de rock, blues, western, jazz, pscodelismo, soul music, R&B, country e folk, que colocados juntos em um caldeirão sob o fogo da efervescência dos anos 60 “chapou” literalmente os americanos e depois o mundo.

Formada da incrível junção entre Duane Allmam que acabava de voltar de Los Angeles direto para Jacsonville, FL, onde tinha feito algumas boas jams com o batera Jaimoe Johanson e o baixista Berry Oakley.

Porém a idéia inicial de um Power trio nos moldes do Cream só que sulista não rolaria, já que Oakley não queria sair da banda que havia fundado com um dos seus melhores amigos o guitarrista Richard (Dickey) Betts.

Quando Duane se via nos pântanos de Jacksonville, ele se via em jams intermináveis com Oakley e Jaimoe, organizadas por Betts em uma comuna hippie onde sempre aparecia o tecladista Reese Wynans e o batera Butch Trucks vindo de uma banda psicodélica, a 31st of February, banda essa conhecida de Duane e Gregg quando ainda estavam em LA.

Em 1969 Duane vislumbrou o que seria, na concepção dele, a banda sulista perfeita e assim convidou o amigo Eddie Hinton para os vocais que acabou não aceitando, assim sendo, Duane ligou para Gregg que estava na pior e o chamou para encarar os vocais e os teclados, dispensando assim Reese Winans.

Estava montada a maior e mais talentosa banda do sul do EUA, por influência de Phil Walden a banda agora se chamando The Allman Brothers Band , muda-se de Jacsonville, FL, para Macon, GA. para o recém selo Capricorn Records.

THE ALLMAN BROTHERS BAND, O 1º DISCO DE SOUTHERN ROCK.


The Allman Brothers Band, o 1º disco de southern rock.


Em apenas pouco mais e 30 minutos, o bando de caipiras sulistas capitaneados por Duane Allman lançam o marco zero do que depois veio a se chamar southern rock, com uma mescla canções próprias e de releituras, não covers, como a acachapante versão para o clássico, ”Don’t Want You No More” do Spencer Davies Group que abre o disco, já trazia os elementos que seriam umas das marcas registradas do Allman Brothers Band, o trabalho de twin guitars entre Daune e Betts usando e abusando da pentatônica, criando um clima atmosférico perfeito para a próxima música a inédita usando uma convenção para junção de ”It’s Not My Cross To Bear” um blues com uma pitada soul talvez pela influência do Skydog (apelido de Duane) na época em que gravava com Wilson Picket e outros nomes do soul.

A 3ª musica do disco é sensacional “Black Hearted Woman” uma das minhas preferidas de todo o repertório da banda, onde mostram toda a parte rítmica da banda e os abusos com os tempos, sem falar que Duane começa a colocar as mangas de fora com a slide guitar, “Trouble No More” outro clássico blues de autoria de Muddy Waters, escutem o slide de Duane nas respiradas do vocal de Gregg solando com um abandono de deixar lágrimas escorrendo até ao mais duro personagem de Clint Eastwood.

Aí temos as últimas três músicas do disco abrindo o lado psicodélico da banda “Every Hungry Woman” com um vocal gritado, no bom sentido, de Gregg as conveções de duas guitarras e a percussão que dão uma chacoalhada total na canção estava formado o molde e a fórmula sulista de se fazer rock.

“Dreams” uma composição a beira do extraodinário com seu compasso 6/8 valsando e colocando em transe quem a ouve e sente, o solo de Duane chega a ser mântrico deixando o ouvinte relaxado, o disco fecha com chave de ouro com a emblemática “Whipping Post” onde os excessos com o os andamentos e o seu peso mostra à que a banda veio.

IDLWILD SOUTH - 1970

The Allman Brothers Band – Idlewild South – 1970

A coisa começou a ficar interessante a partir do 2º disco do Allman Brothers, e como. Depois do disco de estréia ter vendido, no seu lançamento apenas! 50 mil cópias, a moçada de Jacksonville agora sediada em Macon, começava a esquentar as turbinas.

Depois de uma tour bem sucedida do seu 1º álbum, arrebanhando fans e prestigio crítico, que fez com as vendas do homônimo álbum de estréia subissem, o Allman Brothers Band lança Idlewild South com um grande reforço, o produtor Tom Dowd, responsável por bandas como Cream, Doobie Brothers e mais tarde Van Halen.

Tecnicamente esse disco é soberbo, sim soberbo, abrindo com a alto astral ‘Revival” com as twin guitars já mostrando o que seria ouvir o disco e como estava sendo arquitetado o Southern Rock. “Don’t Keep Me Wonderin’” a segunda música trás um slide “safado” ou porque não “sacana” de Duane numa jogada genial entre a voz e a respiração, em “Midnight Rider” o free spirit da banda toma conta da atmosfera de qualquer lugar do planeta, mas é com a épica instrumental de Dickey Betts a “In Memory Of Elizabeth Reed” que a coisa toma ares de insanidade musical, tempos, improvisos, temas duetados no melhor estilo Allman e uma harmonia pra lá de não convencional beirando a estranheza pscológica, mostra o que os cogumelos, símbolo esse ,inclusive, que faz parte do logo da banda, fez com o a cabeça da moçada, huuu!! man.

“Hoochie Coochie Man” mais um tributo ao blues americano, Muddy Waters, deve ter ficado orgulhoso. Um dado interessante sobre essa gravação, o vocal dessa faixa é de Duane cantando a lá Johnny Winter,e não de Gregg como muitos pensam “Please Call Home” prefiro não comentar,escutem, “Leave My Blues At Home” finaliza um disco mais maduro que o anterior com todos os elementos que sedimentaram de vez o rótulo Southern Rock que aliás Dickey Betts sempre admitiu se sentir desconfortável com esses rótulos, mas a influência do Allman foi tão forte para a molecada, que todos que beberam na fonte acabaram por criar essa cena, assim como outros garotos de Jacksonville com uma banda de estranho nome, Lynyrd Skynyrd, apareceram na cola dos seus ídolos. Inclusive o grande sucesso do Lynyrd “Free Bird” foi feita em um sincera homenagem á Duane após a sua morte, mas isso é uma outra estória.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

LIVE AT FILLMORE EAST, UM DOS MAIORES ALBUNS AO VIVO DA HISTÓRIA.

Live At Fillmore East, as coisas começam a acontecer.

Depois de depois ótimos discos de estúdio o Allman Brothers Band resolve capturar a essência do palco, seu habitat natural e lança aquele que é considerado por muitos como o melhor disco ao vivo da história do rock.

“At Fillmore East” traz a banda tocando ao vivo em sete músicas sendo dividido em quatro versões e três músicas da própria banda, abrindo o disco com “Statesboro Blues” de Will McTell com uma das entradas mais clássicas de todos os tempos, não e a toa que o Allman Brothers Band repete essa música como entrada em quase 80% dos seus concertos, e tendo nessa gravação um dos slides mais poderosos de Duane.

O disco segue com “Daune Somebody Wrong” um R&B composto por Clarence L. Lewis, Elmore James e Morris Levy e com a participação de Thom Doucette na harmonica com o slide de Duane e seu característico timbre com Fuzz Face e baterias gastas, aqui estão várias frases matadoras de Duane os duetos e o som do Allman, logo vem “Stormy Monday”, de T. Bone Walker, clássico do blues onde Gregg Allman mostra porque é considerado um dos maiores cantores brancos de blues.
Live At Fillmore East As Coisas Começam a Acontecer.



“You Don’t Love Me” de Willie Cobbs, vem logo depois balançando a galera, o dueto Betts e Duane é de arrepiar, sem falar no groove matador da cozinha, mais afiada do que nunca, chacoalhando até o mais duro dos mortais, na seqüência “Hot’lanta” uma “Jam organizada” matadora bem nos moldes jazzísticos com tema, improviso, parte “b” mostrando as influências da banda com tímpanos e a pitada psicodélica aliada ao “Grand Finalle”.

Bom aí vem “In Memory of Elizabeth Reed” de Dickey Betts sensacional e indescritível, aqui vai a minha contribuição aos leitores da coluna, escutem, não dá pra descrever, depois vem o pico da coisa toda, numa execução “arrasa quarteirão”de incríveis 23 minutos, a banda simplesmente chega ao topo do que pode se chamar de jam, improvisação, abandono, de “Whipping Post”, Gregg Allman,caso você queira sacar tudo que o Allman era nos seus primeiros anos de glória, basta escutar a gravação desta faixa, e lógico de todo o disco que infelizmente corta boa parte do show original já que era comum os concertos do Allman chegarem a três ou 4 horas.

O QUARTO DISCO, R.I.P DUANE. (1ª parte)

O QUARTO DISCO, R.I.P DUANE. (1ª parte)

Depois do Live At Fillmore East, ter ganhado Disco de Ouro,
a banda vivia nas nuvens, não no sentido

pejorativo da coisa, mas estavam entre as maiores bandas da América, preparando um novo disco, gravando em Macon e super entusiasmados com a nova idéia.

Duane, que tinha gravado com Eric Clapton, um de seus maiores ídolos o fundamental disco da carreira de Clapton, Layla And Other Assorted Love Songs, com o Derek and Dominós,tornaram-se grandes amigos inclusive na ingestão de substâncias ilícitas de alto poder destrutivo, uma passagem desnecessária dentro dos conturbados anos 60 e 70. Apesar do vício de Duane não atrapalhar a sua performance nos palcos chegou-se a conclusão mais que óbvia que Duane deveria se desintoxicar para encara as tours que viriam a seguir, ok, concordou já que apesar de tudo, e toda a mítica em torno do seu nome, pensava muito na banda e sempre colocava o seu ego se é que havia algum , pelo menos desconhecido do grande público ou da impressa, de lado.

Mas a verdade nunca é tão fácil de encarar, depois de uma festa para comemorar o aniversário da mulher de Berry Oakley (Linda Oakley). Duane saiu com sua moto provavelmente vendo gnomos e luas interplanetárias, foi aí que aconteceu o inesperado, mas o óbvio, Duane tentando desviar de um caminhão que cruzou seu caminho perdeu o controle de sua moto e caiu com o peso da moto em cima se seu corpo.

Levado em coma pra o hospital com fraturas e ferimentos graves veio há falecer duas horas depois, na mesa de operação. Ele tinha apenas 24 anos.

EACH A PEACH - R.I.P DUANE ( 2ª PARTE )

The Allman Brothers Band - O Quarto disco, R.I.P Duane nasce “Eat A Peach” e termina a era Duane.


Depois da dor vem o blues certo? No caso do Allman Brothers pode-se dizer que sim, após a tragédia que assolou a banda os fans, o acidente ocorreu durante a gravação do álbum que seria o sucessor de Live At Fillmore East, e que inicialmente se chamaria “The Kind They Grow In The South”, mas que depois da morte de Duane mudou–se para “Eat a Peach” um trocadilho que Duane sempre fazia quando estava no estado da Geórgia em que dizia que comia uma pêra pela paz, nos turbulentos anos 70, ou seja, “eat a peach for peace”.

O disco conta com nove músicas as três primeiras mostram a dor que a banda estava passando na época “Ain’t Wastin Time No More” a segunda música “Les Brers in A Minor”uma extravagância instrumental bem no estilo da banda sensacional, o inicio é um lamento difícil de poder se conter, entrando logo no tema com as parte rítmicas aparecendo com um groove “Santanico”, misturado com a uma parte meio western simplesmente maravilhosa.

Melissa vem logo depois mostrando lirismo e conectividade com quem ouve transformando as nuvens cinza que assolavam o disco em um céu azul, Melissa hoje é umas das músicas mais conhecidas na América, detalhe ela é usada com fundo de vários filmes, em o Guarda Costas com Kevin Costner ela aparece na junkebox qundo ele leva o a personagem de Withney Huston pra sair, o mesmo acontecendo com o filme The Backbroeck Moutain quando o personagen Ennis Delmar interpretado pelo ator Hether Ledger encontra uma ex-namorada em um bar e ela toca no fundo da junkebox também.

Filmes à parte seguimos com “Mountain Jam” trinta e três minutos de duração mostram o que o Allman podia fazer ao vivo, tocando com total abandono apenas música, dessa parte ao vivo temos ainda a poderosa “One Way Out”, destaque para o slide de Duane eu mesmo roubei essa frase sem dó, nesse andamento nessa acentuação sem o menor remorso e recomendo aos guitars a “tirarem” essa frase!

Logo temos “Trouble No More” com as twin guitars arrebentando no início e as intervenções de Duane entre os vocais de Gregg quase que introspectivos não abrindo a boca, alguém aí já ouviu falar de Eddie Vedder? talvez ela queira ter sido o Gregg Allman dos anos 90, Berry Oakley perfeito as baterias sincronizadas e Mr. Richard “Dickey “Betts” segurando o groove psicodélico da banda.

A próxima é “Stand Back” perfeita no seu ar Soul e na mix com o estilo do ABB o refrão e de arrepiar, aí temos “Blue Sky” de Betts obra prima nessa versão um pouco mais doce e em E ( atualmente o Allman toca ela em G) o trabalho de duetos dessa musica é um capitulo a parte, Country rock a lá Betts, se podemos assim chamar,

O disco fecha com “Little Martha” uma peça acústica de arrepiar pela singeleza , uma curiosidade essa música foi gravada com Duane e Betts tocando juntos o que a dificulta ainda mais, mas ela pode se r executada com apenas um violão.

Em “Litlle Martha” vejo uma proximidade muito grande com som da viola e o som que se toca por aqui, no meu estado MS, o disco sendo finalizado com ela fechando com um certo final feliz, depois da morte inesperada e prematura daquele que era sem dúvida o mentor da banda, Duane Allman, assim termina a primeira fase do Allman, e a segunda começa com o disco Brothers and Sisters, de 73.

Seguidores