sexta-feira, 22 de agosto de 2008

EACH A PEACH - R.I.P DUANE ( 2ª PARTE )

The Allman Brothers Band - O Quarto disco, R.I.P Duane nasce “Eat A Peach” e termina a era Duane.


Depois da dor vem o blues certo? No caso do Allman Brothers pode-se dizer que sim, após a tragédia que assolou a banda os fans, o acidente ocorreu durante a gravação do álbum que seria o sucessor de Live At Fillmore East, e que inicialmente se chamaria “The Kind They Grow In The South”, mas que depois da morte de Duane mudou–se para “Eat a Peach” um trocadilho que Duane sempre fazia quando estava no estado da Geórgia em que dizia que comia uma pêra pela paz, nos turbulentos anos 70, ou seja, “eat a peach for peace”.

O disco conta com nove músicas as três primeiras mostram a dor que a banda estava passando na época “Ain’t Wastin Time No More” a segunda música “Les Brers in A Minor”uma extravagância instrumental bem no estilo da banda sensacional, o inicio é um lamento difícil de poder se conter, entrando logo no tema com as parte rítmicas aparecendo com um groove “Santanico”, misturado com a uma parte meio western simplesmente maravilhosa.

Melissa vem logo depois mostrando lirismo e conectividade com quem ouve transformando as nuvens cinza que assolavam o disco em um céu azul, Melissa hoje é umas das músicas mais conhecidas na América, detalhe ela é usada com fundo de vários filmes, em o Guarda Costas com Kevin Costner ela aparece na junkebox qundo ele leva o a personagem de Withney Huston pra sair, o mesmo acontecendo com o filme The Backbroeck Moutain quando o personagen Ennis Delmar interpretado pelo ator Hether Ledger encontra uma ex-namorada em um bar e ela toca no fundo da junkebox também.

Filmes à parte seguimos com “Mountain Jam” trinta e três minutos de duração mostram o que o Allman podia fazer ao vivo, tocando com total abandono apenas música, dessa parte ao vivo temos ainda a poderosa “One Way Out”, destaque para o slide de Duane eu mesmo roubei essa frase sem dó, nesse andamento nessa acentuação sem o menor remorso e recomendo aos guitars a “tirarem” essa frase!

Logo temos “Trouble No More” com as twin guitars arrebentando no início e as intervenções de Duane entre os vocais de Gregg quase que introspectivos não abrindo a boca, alguém aí já ouviu falar de Eddie Vedder? talvez ela queira ter sido o Gregg Allman dos anos 90, Berry Oakley perfeito as baterias sincronizadas e Mr. Richard “Dickey “Betts” segurando o groove psicodélico da banda.

A próxima é “Stand Back” perfeita no seu ar Soul e na mix com o estilo do ABB o refrão e de arrepiar, aí temos “Blue Sky” de Betts obra prima nessa versão um pouco mais doce e em E ( atualmente o Allman toca ela em G) o trabalho de duetos dessa musica é um capitulo a parte, Country rock a lá Betts, se podemos assim chamar,

O disco fecha com “Little Martha” uma peça acústica de arrepiar pela singeleza , uma curiosidade essa música foi gravada com Duane e Betts tocando juntos o que a dificulta ainda mais, mas ela pode se r executada com apenas um violão.

Em “Litlle Martha” vejo uma proximidade muito grande com som da viola e o som que se toca por aqui, no meu estado MS, o disco sendo finalizado com ela fechando com um certo final feliz, depois da morte inesperada e prematura daquele que era sem dúvida o mentor da banda, Duane Allman, assim termina a primeira fase do Allman, e a segunda começa com o disco Brothers and Sisters, de 73.

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