The Allman Brothers Band, o 1º disco de southern rock.
Em apenas pouco mais e 30 minutos, o bando de caipiras sulistas capitaneados por Duane Allman lançam o marco zero do que depois veio a se chamar southern rock, com uma mescla canções próprias e de releituras, não covers, como a acachapante versão para o clássico, ”Don’t Want You No More” do Spencer Davies Group que abre o disco, já trazia os elementos que seriam umas das marcas registradas do Allman Brothers Band, o trabalho de twin guitars entre Daune e Betts usando e abusando da pentatônica, criando um clima atmosférico perfeito para a próxima música a inédita usando uma convenção para junção de ”It’s Not My Cross To Bear” um blues com uma pitada soul talvez pela influência do Skydog (apelido de Duane) na época em que gravava com Wilson Picket e outros nomes do soul.
A 3ª musica do disco é sensacional “Black Hearted Woman” uma das minhas preferidas de todo o repertório da banda, onde mostram toda a parte rítmica da banda e os abusos com os tempos, sem falar que Duane começa a colocar as mangas de fora com a slide guitar, “Trouble No More” outro clássico blues de autoria de Muddy Waters, escutem o slide de Duane nas respiradas do vocal de Gregg solando com um abandono de deixar lágrimas escorrendo até ao mais duro personagem de Clint Eastwood.
Aí temos as últimas três músicas do disco abrindo o lado psicodélico da banda “Every Hungry Woman” com um vocal gritado, no bom sentido, de Gregg as conveções de duas guitarras e a percussão que dão uma chacoalhada total na canção estava formado o molde e a fórmula sulista de se fazer rock.
“Dreams” uma composição a beira do extraodinário com seu compasso 6/8 valsando e colocando em transe quem a ouve e sente, o solo de Duane chega a ser mântrico deixando o ouvinte relaxado, o disco fecha com chave de ouro com a emblemática “Whipping Post” onde os excessos com o os andamentos e o seu peso mostra à que a banda veio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário