domingo, 24 de agosto de 2008

O INÍCIO DO 2ª FASE, BROTHERS & SISTERS O DISCO COM JESSICA.



Brothers and Sisters, 1973 O disco com Jessica e o início da era Betts.

O ano 1973, depois de assimilarem o duro golpe da morte de Duane Allman. O Allman Brothers Band lança aquele que em minha opinião é um dos melhores discos da banda e do Southern Rock, Brothers and Sisters, mas não antes de uma nova tragédia, Berry Oakley se acidentou três quadras de onde o Duane havia também se chocado de moto contra um caminhão, Berry se chocou em um acidente semelhante, chocou-se com sua moto em um ônibus, três quadras do acidente de Duane e veio a falecer em sua casa, por ter dispensado cuidados médicos e ter voltado pra casa andando,

No disco Brothers and Sisters na contra capa, aparece à frase, “dedicate to a brother – Berry Oakley” mais uma tragédia mais dor e muito, mas música, Brothers and Sisters mostra a mudança de liderança, até então feita por Duane, e passa a ser de Dickey Betts essa função, isso é notado nos clássicos, “Ramblin’ Man” e a instrumental “Jessica” duas poderosas músicas que marcam a sonoridade do Allman para uma veia mais country rock, e nesse disco que as rédeas musicais parecem irem para as mãos de Betts mas não sem perder a característica dos duetos de guitarra, marca registrada na banda e do Southern Rock e da sonoridade cheia de groove com as duas baterias, influência clara da Soul Music e do Funk de James Brown, adotada e recriada para o som do Allman.

A entrada do disco já diz a que vinha “Wasted Words” com um som tipicamente Allman, com uma pitada country mais acentuada, do que nos discos anteriores, mas simplesmente sensacional, com solos de slide feito por Dickey Betts com a mesma competência do amigo, e coube à betts gravar todas as guitarras fazendo um trabalho brilhante na já citada “Ramblin’ Man”,

“Come and Go Blues” com a sua acentuação teimosa, e os elementos tradicionais do Allman, mostram uma música sem palavras para descrever, com um solo de piano cheio de armadilhas, aliás, nesse disco as armadilhas da turma aparecem de cabo a rabo, mudanças de tom de andamentos, preparações para solos, climas variando na mesma música, como em “Come and Go Blues” , grande exemplo dessa textura, que o Allman Brothers coloca em suas musicas.

Alguma coisa falta então vemos um blues “Jelly Jelly” sensacional, a cadência o solos de Hammond o de Guitarra, harmonia não tão convencional, fugindo do tradicional, mas ao mesmo tempo mostrando de onde as influências vinham.

“Southbound” é o que chamo de groove característico do Allman, se Você tem uma banda e quer fazer um som em cima deles, é necessário que toquem essa música por horas a fio apenas pra pegar as artimanhas do groove, isso é pura improvisação. Não escute apenas caia no groove.

Depois de “Jessica” clássica dos clássicos, em alto astral capaz de deixar até o mais chato dos humanos alegre, com seu tempero western e twin guitars perfeitas, obra prima de Betts, temos o que se tornou uma característica dos discos do Allman, uma canção acústica, desde Little Martha, “Pony Boy” fecha com chave de ouro um disco brilhante, alegre mostrando que a música do Allman é maior do que qualquer tragédia.

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